Blog do Micael
Uma vivência repleta de significado
Todos os anos, nos preparamos ao longo de vários meses para a época da Exposição Pedagógica e Bazar de Natal. É um caminho em que vivemos escolhas, nos encantamos com processos e resultados e nos reconhecemos naquilo que concretizamos.
Em 2018, escolhemos trilhar um novo caminho para homenagear de uma maneira bem especial os pioneiros do Colégio Micael, que este ano completa quatro décadas de história, e a família de imigrantes japoneses que vivia na chácara onde a escola foi erguida, a família Kato.
Por sugestão dos pais de um dos alunos da classe, decidimos preparar para o Bazar de Natal algo imaterial e repleto de significado: uma vivência da Cerimônia do Chá.
Estudamos a fundo os conceitos dessa tradição japonesa riquíssima, norteada pelos princípios da harmonia, do respeito, da pureza e da tranquilidade. Vivenciamos o processo, o elaboramos internamente e, agora, vamos compartilhá-lo com toda a comunidade durante a Exposição Pedagógica e Bazar de Natal da nossa escola.
Ao longo do ano, também fizemos mutirões para confeccionar quase 2 mil origamis! Eles vão compor os presentes que os convidados da Cerimônia do Chá receberão como lembrança da vivência. Os pais da classe trabalharam com muita dedicação nos encontros.
Gratidão à querida dona Mihoko, vovó do aluno Arthur Ren Spada Ikeda, por conduzir-nos nesse caminho, e à Gisele e ao Jorge, pais do Arthur, por sua disposição e alegria. Agradeço também a confiança e o envolvimento de cada uma das famílias da sala.
Teremos seis sessões de Cerimônia do Chá ao longo do dia 24/11 (cada sessão comporta até 16 convidados): às 11h, às 12h, às 13h, às 14h, às 15h e às 16h. Todas elas vão acontecer na sala do jardim D.
Os interessados em adquirir convites antecipados devem entrar em contato com os pais da sala ou escrever para vivenciadocha@gmail.com. Haverá venda de convites no dia também.
Tia Iris, professora do jardim D
O desafio de protagonizar a mudança
Sentir, imaginar, fazer, compartilhar. Quatro verbos transformadores quando conjugados por jovens engajados em fazer a diferença no mundo. À primeira vista parece simples arregaçar as mangas e tentar mudar algo, mas muita ideia boa acaba “empacando” na hora de ser colocada em prática. Luiza Geiling Cruz, estudante de Letras e ex-aluna do Micael, esta semana fez uma palestra para os jovens do ensino médio e compartilhou com eles dicas sobre como tirar do campo dos sonhos projetos que podem melhorar algo no mundo.
A jovem, de apenas 20 anos, é estagiária do Criativos da Escola, programa do Instituto Alana que incentiva o protagonismo juvenil divulgando boas práticas de estudantes que partiram para a ação depois de se sentirem incomodados com alguma coisa em suas escolas ou comunidades. Um dos exemplos discutidos foi o projeto criado por adolescentes do Rio de Janeiro para aumentar a auto-estima de garotas negras que tinham dificuldade em assumir o cabelo afro.
Depois de mostrar outras ações protagonizadas por jovens e de contar suas experiências dos tempos de ensino médio, a garota pediu para os estudantes anotarem em post-its questões que os incomodavam. Na etapa final do encontro, todos trocaram ideias sobre como trabalhar alguns dos temas levantados e fortalecer o grêmio e o coletivo feminista do Micael, dois movimentos importantes dos alunos da escola.
“Os olhinhos de todos brilhavam. Eles estão com muita vontade de fazer. Espero ter dado boas ideias para terem por onde começar”, afirma Luiza, que fará um novo encontro com as turmas ainda este ano para dar continuidade ao diálogo iniciado.
“Foi muito inspirador. As pessoas viram que é possível, sim, colocar ideias bacanas em prática. Percebemos que o grêmio pode ser também um espaço para se realizar esse tipo de ação”, conta Mel Serizawa, aluna do 10º diurno. “Luiza tem uma abordagem muito diferente e inovadora sobre alguns problemas e aspectos da sociedade, o que faz do trabalho dela algo bonito e humano. Gostei muito quando ela nos cativou para pensar sobre indagações que tínhamos em relação à escola e refletir sobre atitudes que poderíamos tomar para solucioná-las”, relata Murilo Ribas, aluno do 11º noturno.
Legado para as próximas gerações
17 de Setembro de 2018
Os projetos da classe têm evoluído bastante. O suporte para instrumentos está quase pronto e a pintura no muro, cada vez mais colorida.
A pintura na parede da cozinha do ensino médio está ficando incrível, cada vez tomando mais a forma do espaço sideral. Apenas o projeto da galera que está tirando fotos pela escola e das pessoas continua em segredo, não tive a chance de poder ver as imagens ainda. Espero ter logo logo.
Espero ansiosa pelas próximas aulas para ver como os trabalhos andam evoluindo.
É isso por hoje.
Até mais.
Gabriela Ropelato, aluna do 12° A
[Desde o início do segundo semestre, os jovens do 12º A, que estão encerrando sua trajetória no Micael, têm se dedicado ao planejamento e à execução de projetos voltados para a comunidade escolar, alguns deles relacionados à celebração dos 40 anos do colégio. A aluna Gabriela Ropelato assumiu a tarefa de relatar aqui no blog o andamento dos trabalhos.]
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Uma vivência repleta de significado
Todos os anos, nos preparamos ao longo de vários meses para a época da Exposição Pedagógica e Bazar de Natal. É um caminho em que vivemos escolhas, nos encantamos com processos e resultados e nos reconhecemos naquilo que concretizamos.
Em 2018, escolhemos trilhar um novo caminho para homenagear de uma maneira bem especial os pioneiros do Colégio Micael, que este ano completa quatro décadas de história, e a família de imigrantes japoneses que vivia na chácara onde a escola foi erguida, a família Kato.
Por sugestão dos pais de um dos alunos da classe, decidimos preparar para o Bazar de Natal algo imaterial e repleto de significado: uma vivência da Cerimônia do Chá.
Estudamos a fundo os conceitos dessa tradição japonesa riquíssima, norteada pelos princípios da harmonia, do respeito, da pureza e da tranquilidade. Vivenciamos o processo, o elaboramos internamente e, agora, vamos compartilhá-lo com toda a comunidade durante a Exposição Pedagógica e Bazar de Natal da nossa escola.
Ao longo do ano, também fizemos mutirões para confeccionar quase 2 mil origamis! Eles vão compor os presentes que os convidados da Cerimônia do Chá receberão como lembrança da vivência. Os pais da classe trabalharam com muita dedicação nos encontros.
Gratidão à querida dona Mihoko, vovó do aluno Arthur Ren Spada Ikeda, por conduzir-nos nesse caminho, e à Gisele e ao Jorge, pais do Arthur, por sua disposição e alegria. Agradeço também a confiança e o envolvimento de cada uma das famílias da sala.
Teremos seis sessões de Cerimônia do Chá ao longo do dia 24/11 (cada sessão comporta até 16 convidados): às 11h, às 12h, às 13h, às 14h, às 15h e às 16h. Todas elas vão acontecer na sala do jardim D.
Os interessados em adquirir convites antecipados devem entrar em contato com os pais da sala ou escrever para vivenciadocha@gmail.com. Haverá venda de convites no dia também.
Tia Iris, professora do jardim D
O desafio de protagonizar a mudança
Sentir, imaginar, fazer, compartilhar. Quatro verbos transformadores quando conjugados por jovens engajados em fazer a diferença no mundo. À primeira vista parece simples arregaçar as mangas e tentar mudar algo, mas muita ideia boa acaba “empacando” na hora de ser colocada em prática. Luiza Geiling Cruz, estudante de Letras e ex-aluna do Micael, esta semana fez uma palestra para os jovens do ensino médio e compartilhou com eles dicas sobre como tirar do campo dos sonhos projetos que podem melhorar algo no mundo.
A jovem, de apenas 20 anos, é estagiária do Criativos da Escola, programa do Instituto Alana que incentiva o protagonismo juvenil divulgando boas práticas de estudantes que partiram para a ação depois de se sentirem incomodados com alguma coisa em suas escolas ou comunidades. Um dos exemplos discutidos foi o projeto criado por adolescentes do Rio de Janeiro para aumentar a auto-estima de garotas negras que tinham dificuldade em assumir o cabelo afro.
Depois de mostrar outras ações protagonizadas por jovens e de contar suas experiências dos tempos de ensino médio, a garota pediu para os estudantes anotarem em post-its questões que os incomodavam. Na etapa final do encontro, todos trocaram ideias sobre como trabalhar alguns dos temas levantados e fortalecer o grêmio e o coletivo feminista do Micael, dois movimentos importantes dos alunos da escola.
“Os olhinhos de todos brilhavam. Eles estão com muita vontade de fazer. Espero ter dado boas ideias para terem por onde começar”, afirma Luiza, que fará um novo encontro com as turmas ainda este ano para dar continuidade ao diálogo iniciado.
“Foi muito inspirador. As pessoas viram que é possível, sim, colocar ideias bacanas em prática. Percebemos que o grêmio pode ser também um espaço para se realizar esse tipo de ação”, conta Mel Serizawa, aluna do 10º diurno. “Luiza tem uma abordagem muito diferente e inovadora sobre alguns problemas e aspectos da sociedade, o que faz do trabalho dela algo bonito e humano. Gostei muito quando ela nos cativou para pensar sobre indagações que tínhamos em relação à escola e refletir sobre atitudes que poderíamos tomar para solucioná-las”, relata Murilo Ribas, aluno do 11º noturno.
Legado para as próximas gerações