“A qualidade das relações sociais no espaço escolar merece ser sempre olhada e cuidada. Será a partir dessas relações que a criança e o jovem irão se desenvolver e aprender a se relacionar consigo e com o mundo.
A proposta desse diálogo é apresentar uma visão psicanalítica de comportamentos associados ao bullying, que traz tantas dificuldades para essas relações acontecerem de forma saudável.
Discutiremos conceitos como personalidade, autoridade, autonomia e consciência moral (que distingue o certo e o errado e está ligada a valores e normas sociais), relacionando-os a fatores associados ao bullying. Também falaremos sobre maneiras de intervir no ambiente escolar para cuidar dos envolvidos nesses processos.”
Erika Luchiari, psicóloga que vai conduzir a palestra Encontros sem Bullying: Início de Diálogos Transformadores
Serviço:
Encontros sem Bullying: Início de Diálogos Transformadores
Dia 16/11/19
das 9h às 11h
No Colégio Micael
R$ 10 (social) R$ 20 ou + (ideal) Os recursos serão arrecadados na recepção e destinados à ACOMI (Associação Comunitária Micael), ao fundo de bolsas do Colégio Micael e ao custeio de parte das despesas com o evento.
Desde que começamos a conceber o Colmeia Waldorf100, grande celebração de centenário da pedagogia Waldorf que aconteceu no Micael no início de agosto, imaginávamos que o encontro serviria de inspiração e seria ponto de partida para ações concretas e transformadoras. E assim tem sido!
Pouco mais de um mês após nosso encontro histórico, iniciativas lindas começam a brotar com força. Veja só:
Os palestrantes Ricardo Camargo, pesquisador da Embrapa e presidente da Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo, e Márcio Boggarim, meliponicultor e liderança da aldeia Guarani ytù Jaraguá, se conheceram durante o Colmeia. Desde então, estão concebendo juntos um projeto de fortalecimento do resgate cultural que vem acontecendo na comunidade Guarani ytù Jaraguá graças à reaproximação daquele povo com as abelhas sem ferrão.
Ricardo esteve na aldeia recentemente e ficou encantando com o melipolinário que existe lá e é fruto do intenso trabalho realizado por Márcio. A professora Claudia Johnsen, tutora do 12º ano noturno, tem acompanhado esse movimento e pretende envolver os alunos nos mutirões que serão necessários para expandir a área destinada às abelhas na aldeia.
Soraya Gruenwaldt Monte, sócia-diretora da Apiscor e também uma das palestrantes do Colmeia, se dispôs a colaborar com o projeto e planeja criar uma nova linha de giz de cera batizada Guarani, cujo lucro será revertido à causa. Jorge Ikeda, coordenador do Conselho de Pais, tem participado das conversas e pretende acionar a comunidade micaélica para colaborar de muitas formas quando for a hora. Aguardem!
Jorge também tem se dedicado à concepção de outro belo fruto do nosso encontro: um hub virtual, o www.colmeia.eco.br, que funcionará como elo entre boas iniciativas relacionadas à preservação das abelhas e pessoas dispostas a apoiar essa questão tão urgente, seja com trabalho voluntário, contribuições financeiras ou “simplesmente” polinizando a causa. O portal ainda trará informações relevantes e confiáveis sobre o tema e terá espaço para venda de produtos sustentáveis.
Essa pequena semente ainda está na incubadora, sendo cuidada por muitas mãos e corações sensibilizados. Em breve será lançada ao solo, na forma de uma campanha de financiamento coletivo, ação necessária para custear o projeto. Que todas essas ideias floresçam e sejam polinizadas mundo afora!
Por Mauro Pompeu Porrino, professor de Matemática do ensino médio
Ao final da Idade da Pedra, impelidos pelas mudanças climáticas que provocavam a desertificação, homens e animais encontraram a vida junto a quatro grandes cisternas: o vale do rio Nilo, junto ao Saara; o vale dos rios Tigre e Eufrates, junto ao deserto da Arábia; o vale do rio Indo, junto ao deserto de Thar, na Índia; e o vale do rio Amarelo, junto ao deserto de Gobi, na China. A partir desse momento, a humanidade nunca mais foi a mesma.
A grande densidade populacional alavancou uma espécie de revolução agrícola – os homens não poderiam mais sobreviver como caçadores e coletores nômades. A necessidade de construir barragens e valas de irrigação, de medir os terrenos alagados periodicamente pelas enchentes desses grandes rios e de ter um calendário para nortear a semeadura e a colheita gerou mapas e tabelas de registros do que se passava na terra e nos céus. Nasceu a escrita. O homem aprendeu a forjar o bronze, surgiram os artesãos especializados e o arado de metal.
No 10º ano Waldorf, voltamos a esse fervilhante período cultural da Era de Touro, já abordado no 5º ano. Período de engenho, de construir as primeiras cidades, de observar e descrever o mundo, de assentar as bases na Terra, de se perceber dentro de um Cosmos, de se preocupar com a alimentação e a saúde das gentes, de registrar as grandes sagas em pequenas tábuas de argila e em pergaminhos…
Ao lado da história da literatura universal, da geografia das grandes transformações físicas e climáticas, da física das questões relativas ao tempo e ao espaço, da História Antiga, da culinária, dos primeiros socorros e de outros tantos conteúdos desse ano riquíssimo, os alunos tomam contato com a agrimensura, atividade arquétipo da Geometria, relacionada à medição de terras.
Nessa época, partindo de discussões sobre a forma da Terra e o efeito de sua curvatura nas medições, trazemos os alunos para cada vez mais perto, até o chamado campo topográfico, área em que a geometria euclideana impera. Ao final do trabalho, cada terreno estará descrito minuciosamente e sua posição na Terra, bem demarcada.O aluno, bem “aterrado”, poderá então dizer: Eu estou aqui.
Numa viagem de uma semana a Botucatu (SP), em áreas da Fazenda Demétria, berço da agricultura biodinâmica no Brasil, cada grupo de seis alunos fica responsável pelo levantamento topográfico completo de uma área de mais ou menos 1 hectare ( 10 000 m² ). É uma atividade de carátereminentemente solar. Todas as horas diurnas são passadas no trabalho de campo, com 360° de horizonte, sob o sol que nos protege, uma vivência há muito abandonada na vida urbana do século XXI.
As atividades desenvolvem autonomia, companheirismo, garra, habilidades técnicas no manuseio de equipamentos de precisão, observação, concentração, organização. Criam também uma nova relação do aluno com a Matemática. Centenas de números anotados em planilhas passam a significar algo muito concreto quando surge a reprodução primorosa do terreno numa planta topográfica com nível de precisão profissional.
A planta individual e o relatório completo do projeto são o fruto de experiências memoráveis, uma verdadeira obra de arte em que não se abarca, ao olhar, tudo o que o artista viveu para chegar lá. Esse material precioso é apresentado em nossa visita anual à Escola Politécnica da USP, onde os alunos conhecem os mais modernos equipamentos, como medidores eletrônicos de distância, aparelhos Estação Total,G.P.S. ( Global Positioning System) etc. Lá também conversam com os professores de Informações Espaciais, disciplina-gêmea da nossa, oferecida no 2° ano do curso de Engenharia Civil.
“A qualidade das relações sociais no espaço escolar merece ser sempre olhada e cuidada. Será a partir dessas relações que a criança e o jovem irão se desenvolver e aprender a se relacionar consigo e com o mundo.
A proposta desse diálogo é apresentar uma visão psicanalítica de comportamentos associados ao bullying, que traz tantas dificuldades para essas relações acontecerem de forma saudável.
Discutiremos conceitos como personalidade, autoridade, autonomia e consciência moral (que distingue o certo e o errado e está ligada a valores e normas sociais), relacionando-os a fatores associados ao bullying. Também falaremos sobre maneiras de intervir no ambiente escolar para cuidar dos envolvidos nesses processos.”
Erika Luchiari, psicóloga que vai conduzir a palestra Encontros sem Bullying: Início de Diálogos Transformadores
Serviço:
Encontros sem Bullying: Início de Diálogos Transformadores
Dia 16/11/19
das 9h às 11h
No Colégio Micael
R$ 10 (social) R$ 20 ou + (ideal) Os recursos serão arrecadados na recepção e destinados à ACOMI (Associação Comunitária Micael), ao fundo de bolsas do Colégio Micael e ao custeio de parte das despesas com o evento.
Desde que começamos a conceber o Colmeia Waldorf100, grande celebração de centenário da pedagogia Waldorf que aconteceu no Micael no início de agosto, imaginávamos que o encontro serviria de inspiração e seria ponto de partida para ações concretas e transformadoras. E assim tem sido!
Pouco mais de um mês após nosso encontro histórico, iniciativas lindas começam a brotar com força. Veja só:
Os palestrantes Ricardo Camargo, pesquisador da Embrapa e presidente da Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo, e Márcio Boggarim, meliponicultor e liderança da aldeia Guarani ytù Jaraguá, se conheceram durante o Colmeia. Desde então, estão concebendo juntos um projeto de fortalecimento do resgate cultural que vem acontecendo na comunidade Guarani ytù Jaraguá graças à reaproximação daquele povo com as abelhas sem ferrão.
Ricardo esteve na aldeia recentemente e ficou encantando com o melipolinário que existe lá e é fruto do intenso trabalho realizado por Márcio. A professora Claudia Johnsen, tutora do 12º ano noturno, tem acompanhado esse movimento e pretende envolver os alunos nos mutirões que serão necessários para expandir a área destinada às abelhas na aldeia.
Soraya Gruenwaldt Monte, sócia-diretora da Apiscor e também uma das palestrantes do Colmeia, se dispôs a colaborar com o projeto e planeja criar uma nova linha de giz de cera batizada Guarani, cujo lucro será revertido à causa. Jorge Ikeda, coordenador do Conselho de Pais, tem participado das conversas e pretende acionar a comunidade micaélica para colaborar de muitas formas quando for a hora. Aguardem!
Jorge também tem se dedicado à concepção de outro belo fruto do nosso encontro: um hub virtual, o www.colmeia.eco.br, que funcionará como elo entre boas iniciativas relacionadas à preservação das abelhas e pessoas dispostas a apoiar essa questão tão urgente, seja com trabalho voluntário, contribuições financeiras ou “simplesmente” polinizando a causa. O portal ainda trará informações relevantes e confiáveis sobre o tema e terá espaço para venda de produtos sustentáveis.
Essa pequena semente ainda está na incubadora, sendo cuidada por muitas mãos e corações sensibilizados. Em breve será lançada ao solo, na forma de uma campanha de financiamento coletivo, ação necessária para custear o projeto. Que todas essas ideias floresçam e sejam polinizadas mundo afora!
Por Mauro Pompeu Porrino, professor de Matemática do ensino médio
Ao final da Idade da Pedra, impelidos pelas mudanças climáticas que provocavam a desertificação, homens e animais encontraram a vida junto a quatro grandes cisternas: o vale do rio Nilo, junto ao Saara; o vale dos rios Tigre e Eufrates, junto ao deserto da Arábia; o vale do rio Indo, junto ao deserto de Thar, na Índia; e o vale do rio Amarelo, junto ao deserto de Gobi, na China. A partir desse momento, a humanidade nunca mais foi a mesma.
A grande densidade populacional alavancou uma espécie de revolução agrícola – os homens não poderiam mais sobreviver como caçadores e coletores nômades. A necessidade de construir barragens e valas de irrigação, de medir os terrenos alagados periodicamente pelas enchentes desses grandes rios e de ter um calendário para nortear a semeadura e a colheita gerou mapas e tabelas de registros do que se passava na terra e nos céus. Nasceu a escrita. O homem aprendeu a forjar o bronze, surgiram os artesãos especializados e o arado de metal.
No 10º ano Waldorf, voltamos a esse fervilhante período cultural da Era de Touro, já abordado no 5º ano. Período de engenho, de construir as primeiras cidades, de observar e descrever o mundo, de assentar as bases na Terra, de se perceber dentro de um Cosmos, de se preocupar com a alimentação e a saúde das gentes, de registrar as grandes sagas em pequenas tábuas de argila e em pergaminhos…
Ao lado da história da literatura universal, da geografia das grandes transformações físicas e climáticas, da física das questões relativas ao tempo e ao espaço, da História Antiga, da culinária, dos primeiros socorros e de outros tantos conteúdos desse ano riquíssimo, os alunos tomam contato com a agrimensura, atividade arquétipo da Geometria, relacionada à medição de terras.
Nessa época, partindo de discussões sobre a forma da Terra e o efeito de sua curvatura nas medições, trazemos os alunos para cada vez mais perto, até o chamado campo topográfico, área em que a geometria euclideana impera. Ao final do trabalho, cada terreno estará descrito minuciosamente e sua posição na Terra, bem demarcada.O aluno, bem “aterrado”, poderá então dizer: Eu estou aqui.
Numa viagem de uma semana a Botucatu (SP), em áreas da Fazenda Demétria, berço da agricultura biodinâmica no Brasil, cada grupo de seis alunos fica responsável pelo levantamento topográfico completo de uma área de mais ou menos 1 hectare ( 10 000 m² ). É uma atividade de carátereminentemente solar. Todas as horas diurnas são passadas no trabalho de campo, com 360° de horizonte, sob o sol que nos protege, uma vivência há muito abandonada na vida urbana do século XXI.
As atividades desenvolvem autonomia, companheirismo, garra, habilidades técnicas no manuseio de equipamentos de precisão, observação, concentração, organização. Criam também uma nova relação do aluno com a Matemática. Centenas de números anotados em planilhas passam a significar algo muito concreto quando surge a reprodução primorosa do terreno numa planta topográfica com nível de precisão profissional.
A planta individual e o relatório completo do projeto são o fruto de experiências memoráveis, uma verdadeira obra de arte em que não se abarca, ao olhar, tudo o que o artista viveu para chegar lá. Esse material precioso é apresentado em nossa visita anual à Escola Politécnica da USP, onde os alunos conhecem os mais modernos equipamentos, como medidores eletrônicos de distância, aparelhos Estação Total,G.P.S. ( Global Positioning System) etc. Lá também conversam com os professores de Informações Espaciais, disciplina-gêmea da nossa, oferecida no 2° ano do curso de Engenharia Civil.