Assim nasceu nossa árvore Waldorf100

IMGP4374 - Assim nasceu nossa árvore Waldorf100
Alunas do 2º ano admiram os desenhos dos colegas de outros países | Foto de Katia Geiling
Por Katia Geiling
Foram horas de trabalho de muitas mãos dedicadas. Desenha, corta, fura, lixa, enverniza, corta arame, passa arame, torce arame, entorta arame. A cada nova etapa, nossa árvore ganhava forma e criava expectativas. Será que vai dar certo? Ela só desabrochou mesmo, com todo o esplendor, quando começamos a pendurar em seus galhos os quase 250 cartões que o Colégio Micael recebeu de escolas Waldorf do mundo todo no último ano – da vizinha Argentina à distante Nova Zelândia, passando por Austrália, Japão, Alemanha, Estados Unidos, África do Sul e muitos outros.
Ainda estávamos pendurando os últimos postais quando as crianças saíram para o corredor e se depararam pela primeira vez com a árvore onde brotavam desenhos coloridos de colegas de diversas partes do globo. Foi emocionante ver a surpresa e a alegria delas. Na mesma hora os alunos se lembraram dos desenhos que também haviam feito, tempos atrás, para mandar para escolas de outros países. 
A troca de cartões postais desenhados à mão faz parte de um grande intercâmbio artístico que integra as celebrações do centenário da pedagogia Waldorf. A nossa árvore Waldorf100 traz outro elemento alusivo às comemorações: abelhas de lã que voam faceiras entre os desenhos. O projeto Bees & Trees (abelhas e árvores) é uma das iniciativas mais bonitas e importantes do movimento Waldorf100 e tem como objetivo estimular as escolas a criarem colônias para abelhas em seus espaços (o Micael tem várias caixas que abrigam abelhas há tempos, sabia?).
O mais especial de tudo isso é que nossa árvore fincou raízes bem no local onde está assentada a pedra fundamental da escola. Veja aqui o álbum com as fotos de todo o processo de criação.
Agradecimentos especias a Sergio Takahashi, que desenhou e cortou a árvore; a Jorge Ikeda e Alex Menezes, que fizeram os acabamentos e encontraram a solução perfeita para pendurarmos os cartões; a Juliana Azzi e Chris Bueno, que confeccionaram as abelhas; a Denise Ablas e Luciana Cavalcanti, que ajudaram a preparar os cartões e a pendurá-los.
“Venho acompanhando os cartões postais do projeto Waldorf 100 desde que o grande pacote com mais de mil cartões em branco chegou à escola. Vi nossas crianças e jovens desenhando em alguns, vi outros já prontos para o envio e também o primeiro cartão, vindo da Alemanha, que chegou para nós (isso foi muito legal!). Acompanhei e participei de algumas discussões informais a respeito do que faríamos para expor todos eles. A ideia foi chegando aos poucos: prender a uma parede? Pendurar? Fazer um móbile? A ideia da árvore pareceu uma ótima solução – algo que poderíamos transportar e expor em vários pontos da escola! A partir daí, um monte de sugestões, de pais e mães, de mãos, de contribuições de todo tipo… um trabalho em conjunto que resultou nessa lindeza de árvore, pela qual estou apaixonada!”
Denise Ablas, bibliotecária da escola e mãe de aluno do 6º ano
“Quando a árvore pousou ao lado da nossa pedra fundamental, me emocionei. Um filme de como chegamos até aqui passou na mente… Uma gratidão de 100 anos inundou meu coração. Obrigado a todos pela oportunidade de ter colaborado.”
Jorge Ikeda, pai do 1º ano e um dos coordenadores do Conselho de Pais do Micael
“Árvores são sempre um símbolo de muita positividade. Secas ou frondosas, naturais ou feitas artesanalmente pelas mãos humanas, elas inevitavelmente representam algo sobre o mundo que merecemos e precisamos observar com mais cuidado. Não foi muito diferente o que a árvore do Waldorf100 emanou. Confirmei ainda mais, a partir dela, a necessidade urgente de aprofundar a comunicação com o outro, muito mais além do que já temos feito no mundo atual, de realmente conhecer o diferente ao tentar ler através daqueles galhos repletos de cartões, o universo, o coração e a cultura de crianças que não temos ideia de como vivem, sentem e pensam. Foi muito emocionante! Inesquecível poder contribuir com a montagem da árvore! Em vários momentos o ato de pendurar aqueles belos e sensíveis cartões me proporcionou o repensar a respeito da qualidade de nossa comunicação e entendimento do ouvir/ler o outro. Que esta árvore seja um pequeno pedaço da prática real e presente do perceber e compreender cada vez mais e melhor nossas crianças e jovens. Ela está pulsando até agora em mim! Obrigada imensamente!”
Luciana Cavalcanti, mãe do 1º e do 10º A
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A árvore e seus frutos coloridos | foto da aluna Elaine Namura, do 12º ano noturno

 

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Agora em todas as pausas, os alunos sentam sob a árvore para reproduzir os desenhos dos cartões. Foto de Elaine Namura, aluna do 12º B